Motorista, olha a pista!









Risco de derrapagem nos custos de compra e financiamento de carro

Por Juliana Garçon em 09/08/2010

“ Meio de transporte para uns, luxo para outros, carro sempre significa um custo considerável, na compra e no uso. Vale a pena? Ora, não há regra. O importante é que, para decidir o que fazer, a gente precisa ter compreensão e controle dos gastos implicados.

As despesas de uso _ combustível, manutenção, impostos, seguro, multas e estacionamento _ frequentemente são subestimadas. “As pessoas se esquecem de contabilizar multas, taxas, pedágios e lavagens”, diz Marcia Dessen, especialista em educação financeira. Para verificar o gasto médio mensal e o total anual, nada melhor do que por tudo na ponta do lápis. Ou na planilha de computador.

Na compra, a despesa parece mais óbvia _ o valor anunciado na propaganda _, mas engana os desavisados, especialmente se o veículo for zero quilômetro e se for adquirido com financiamento.

Nos anúncios de veículos novos, por exemplo, o preço não inclui o custo do frete _em geral, R$ 1.000 _, que aparece nas letras miúdas. Também não considera pintura metálica, frisos de proteção laterais e, às vezes, nem protetor de carter. Ponha mais R$ 3.000 na conta.

Lembre-se de que é preciso registrar o carro e pagar os impostos. O primeiro registro tem taxa de R$ 126,43. Emplacamento e lacração somam de R$ 63,22. O seguro obrigatório, a ser pago anualmente, está em R$ 48. E o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) depende do valor do carro. Para exemplificar: num modelo de R$ 30 mil, o IPVA fica em R$ 590. Se fizer a papelada por conta própria, adicionará R$ 827,65 à conta. Caso queira driblar a ida ao Detran, pode contratar um despachante por cerca de R$ 200.

Até agora, o desembolso extra já chega a R$ 5.000, que, no exemplo, equivale a um sexto do preço anunciado. Bastante considerável para quem se empolgou demais com a propaganda do carro de R$ 30 mil.

E tem mais. Se a compra é feita com financiamento ou empréstimo, os juros e outras taxas turbinam o custo final para o consumidor. Numa aquisição em 72 suaves prestações (seis anos), o valor total desembolsado é, aproximadamente, 40% maior do que o original. O Banco Central acompanha os juros dessas operações.

E há cobranças que praticamente saltam da cartola dos contratos: taxas de administração, boleto bancário e comissão do vendedor, por exemplo. Elas entram na composição das prestações. Por isso, ao pesquisar as condições de pagamento, o consumidor não pode olhar só o juro anunciado _ que pode até ser zero. É preciso se informar sobre o CET (Custo Efetivo Total), que contabiliza esses encargos. No site do Procon-SP, você pode fazer uma estimativa desse índice.

Um último alerta: abra o olho para a cobrança de tarifa de renovação cadastral (TAC), algo entre R$ 200 e R$ 1.000. O comprador pode se recusar a pagar a TAC, que foi extinta em 2007, diz Valéria Cunha, técnica do Procon-SP. E deve tentar negociar as outras cobranças. “Algumas taxas, ainda que explícitas no contrato, são abusivas.”

Enfim, direção defensiva do orçamento é altamente recomendável para ter e manter um carro.

PS
. Sempre tive carro. Adoro. Mas, depois de fazer as contas, desisti. Coloquei o meu à venda.

Com reportagem de Juliana Conte.

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fonte/http://www.bmfbovespa.com.br/


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1 comentários:

É verdade! O meu carro é o primeiro que tenho e eu não pensava em outras despesas como diz aí no texto. Hoje eu dou conselho para aqueles que comentam que vão comprar o primeiro carro.

Tenho um cunhado que entrou com ação na justiça e conseguiu a redução das prestações do carro dele a ponto de ser possível quitar o veículo!