O ladrão pensa que todos roubam



Nessa época de final de ano é comum as empresas darem presentes a seus parceiros – leia-se: clientes, na maioria das vezes. Este hábito traz consigo, também, alguns dilemas pouco agradáveis: o que é aceitável dar de presente e a partir de que ponto tal atitude passa a configurar algo pernicioso ou até mesmo ilegal?
Algumas empresas, notadamente as multinacionais, têm regras claras quanto a essas práticas. Umas estabelecem um valor limite para o que é permitido – algo em torno de US$ 50,00 ou US$ 100,00 – enquanto que outras proíbem terminantemente tais mimos sob pena, inclusive, de demissão por justa causa.
Segundo a consultora de imagem Ilana Berenholc, se este for o caso da sua empresa você deve recusar o presente educadamente e explicar os motivos – até para que isso não aconteça novamente. Mas ela faz um alerta: “nunca dizer que infelizmente a empresa não permite, para não parecer que você estava louco pelo presente e não concorda com a política”.
Um brinde pra você, um contrato pra mim
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Ainda assim, há companhias que insistem em tentar burlar tais regras e inundam o mercado com eletro-eletrônicos de última geração, bebidas com idade para tirar carteira de motorista e outros requintes similares.
Quando isso ocorre eu sempre me pergunto se realmente este parceiro vende bons produtos ou se precisa sempre comprar seus clientes.
Como diz o ditado árabe que dá título a este post, ao pensar que todos roubam, o ladrão acha que suas (más) atitudes são normais. Como isso não é verdade na maioria das vezes, ele fica com a reputação um tanto desgastada.
Além disso, quem rouba por mim, um dia fatalmente roubará de mim. Então, se você distribui presentes caros aos seus clientes, como se sentirá ao saber que o seu Gerente de Compras ganhou uma TV de LCD do seu principal fornecedor?



Por - Rodolfo Araújo, vocesa.abril.com.br



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