Receita e regras de liderança

Constitui enorme pretensão de qualquer profissional fornecer uma receita e ditar as regras sobre como liderar.
É impossível determinar uma fórmula infalível para ser um bom líder numa organização, pois cada um tem um modo próprio de desempenhar o papel.
Não há jeito certo ou errado e nem existe uma mágica para se obter sucesso nessa missão. 
No entanto, podemos refletir sobre algumas questões – produto da própria vivência de profissional reconhecidamente líder – e, porque não, também, experimentar. Quem sabe vale a pena!
Ninguém melhor do que nós, atuais gestores ou líderes junto às organizações, para querer experimentá-las e concluir se elas são ou não válidas.
Segundo Jack Welch, ex-Presidente da General Elétric, 5 dicas podem ajudar a qualquer executivo a chegar ao topo e se manter lá.
Importante é interpretá-las e entendê-las, com propriedade, como seguem: 

Ser íntegro – É possível ter que ser tanta coisa na vida pessoal e, ainda, ser um bom profissional e empresário ao mesmo tempo. É só manter-se íntegro. Essa postura, que nunca deve ser abandonada, serve de base para tudo o que fizermos nos bons e nos maus momentos. Muitas pessoas talvez não venham concordar com a gente o tempo todo e, talvez, a gente não esteja certo o tempo todo, mas elas sabem que a gente age de boa fé e com honestidade. Isto nos ajuda a construir bons relacionamentos com clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes e governos, enfim, a dar o tom à empresa. 

Buscar o lucro – Todo mundo tem uma opinião sobre o papel da empresa na sociedade. A responsabilidade social é fruto de uma empresa forte e competitiva. Só uma empresa sadia pode melhorar e enriquecer a vida das pessoas e de suas comunidades. Quando uma empresa é sólida, ela não somente paga impostos que voltam sob a forma de serviços importantes, como também ergue instalações de primeira linha que atendem aos padrões ambientais ou vão até mesmo além deles. Organizações sólidas reinvestem em seu pessoal e em suas instalações. Empresas sadias geram empregos seguros e bons que dão a seus empregados o tempo, o ânimo e os recursos para dar de volta à comunidade a que pertencem, muitas vezes mais do que receberam. Empresas frágeis e problemáticas, por sua vez, quase sempre se tornam um peso para a comunidade. Seus lucros são poucos ou nulos e quase não pagam impostos, se é que pagam algum. Elas se sentem tentadas a tomar atalhos que resultem em lucros rápidos, investindo pouco no desenvolvimento de seus empregados e no ambiente de trabalho. A ameaça constante de demissões, obviamente, gera incerteza e medo nos colaboradores e afeta o modo como eles absorvem e encaram o ambiente, trabalham e se relacionam com a comunidade. É por isso que a responsabilidade social de todo líder consiste em garantir o sucesso da empresa. Só uma empresa sadia e vitoriosa tem os recursos e a capacidade de fazer o que é adequado. 

Dar exemplo – Os integrantes da empresa se espelham em que está lá em cima. Sempre devemos dizer aos líderes que seu entusiasmo pessoal determina o mesmo grau de todos os colaboradores da empresa. O exemplo de um líder se espalha por toda a organização, seja para o bem ou para o mal e, certamente, será seguido pelos funcionários. O gestor é que dá o tom à empresa. Quando Jack Welch ainda era presidente da empresa e viajava para locais distantes, ele tinha a oportunidade de influenciar ainda mais pessoas, em diversas partes do mundo, pois não queria ser uma simples foto no relatório anual da empresa. Queria ser alguém que todos conhecessem. Um líder não pode jamais ficar encastelado em seu próprio escritório. 

Cercar-se das melhores pessoas – Convencer os colaboradores a colocar sua inteligência a serviço da empresa é uma parte muito importante do trabalho de um líder. O segredo é pegar as melhores idéias das pessoas e passá-las adiante para todos. Não há nada mais importante do que isso. É fundamental agir como uma esponja, absorvendo e questionando as boas idéias. Para isso, é preciso primeiramente estar aberto ao que as pessoas têm de melhor a oferecer. Em segundo lugar, disseminar esse conhecimento. Não devemos nos enganar. As pessoas vêm em primeiro lugar; as estratégias, depois. Colocar as pessoas certas nas funções certas é muito mais importante dos que criar estratégias. Essa verdade se aplica a todo tipo de negócio. Jack Welch afirma que passou anos analisando estratégias promissoras que nunca deram em nada, pois tinha planos fabulosos, mas só conseguia colocar a coisa para funcionar quando encontrava a pessoa com aquela estratégia no sangue. Segundo ele, a gente pode ter a melhor estratégia do mundo. Contudo, sem a liderança certa à frente dela, não teremos mais que belas apresentações. 

Não confundir confiança com arrogância – A arrogância e a ambição exagerada, ainda que monitoradas, podem resultar no mesmo efeito. É preciso ter muito cuidado com a arrogância e a autoconfiança. O verdadeiro teste da autoconfiança passa pela coragem de se abrir, de acolher as mudanças e as novas idéias, seja qual for sua origem. O indivíduo autoconfiante não teme contestações a seu ponto de vista. Ele é a favor do combate intelectual que contribui para o enriquecimento das idéias. São essas pessoas que determinam, em última análise, o grau de abertura de uma organização e sua capacidade de aprender. Jack Welch, também, afirma que para achar gente assim é só procurar entre as pessoas que gostam da maneira que são e não temem mostrar isso. Ele ressalta que jamais devemos comprometer nosso jeito de ser por qualquer trabalho, seja lá onde for.
Será que nem havíamos atentado sobre essas questões igualmente tão importantes que, se bem assimiladas e entendidas, nos trarão até melhores resultados? 

Ricardo Ferrari é Bacharel em Ciências Contábeis, Pós-Graduado em Gestão Estratégica Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. É auditor, consultor de empresas, escritor e palestrante.
e-mail: ferrariassociados@bol.com.br

Via, http://www.soniajordao.com.br



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