"Quem investir em ações, fundos imobiliários e ouro vai ganhar muito dinheiro", diz economista


Apesar de os últimos anos terem sido difíceis para a bolsa, a expectativa para o mercado acionário nos próximos anos é "excelente"

O cenário atual ainda parece conturbado para o mercado acionário, por conta das incertezas econômicas. Além disso, investimentos como fundos imobiliários e títulos de inflação trouxeram retornos elevados nos últimos anos, fazendo  investidores acharem que podem ter perdido o "timing" de entrada. No entanto, o economista e professor de finanças Richard Rytenband acredita que esta seja uma boa hora para comprar alguns ativos que possuem bom potencial de valorização. “Para os próximos anos, quem tiver uma carteira com ações, renda fixa indexada à inflação, fundos imobiliários e ouro vai ganhar muito dinheiro”, acredita.
Para ele, apesar de os últimos anos terem sido difíceis para a bolsa, por conta da crise econômica, a expectativa para o mercado acionário nos próximos anos é “excelente”.
Richard Rytenband
“Muitas ações de boas empresas estão muito abaixo do que deveriam valer. O investidor deve ter em mente que uma boa carteira de ações deve incluir basicamente 2 grupos de ações: aquelas de empresas pouco sensíveis ao ciclo econômico, como do setor de bebidas e tabagismo (que apresentam mesmo neste ano um retorno excelente), e ações de empresas sensíveis ao ciclo econômico, como ligada ao setor de commodities”, pontua.
Segundo o economista, a indicação do setor de commodities, prejudicado nos últimos anos com a redução de demanda principalmente da China, é justificado pelos fortes indícios de uma recuperação na economia brasileira e global a partir de 2013. Ele aponta que os países ricos não têm mais como reduzir taxas de juros e utilizar política fiscal expansionista. “Aumentar os gastos do governo está politicamente inviável. A única forma de estimular suas economias é através da emissão de moeda. Este movimento já visto nos Estados Unidos e Inglaterra está começando a se desenhar na Zona do Euro. Com mais dinheiro em circulação no mundo, as moedas destes países vão se desvalorizar e com isso impulsionar o preço das commodities, principalmente do ouro. Além disso, por muitos anos estará em curso o processo de urbanização da China e Índia, o que pressionará por muito tempo a demanda por commodities”, diz.
Renda fixa atrelada à inflação
Outros ativos que devem ter uma boa performance nos próximos anos, segundo ele, são os títulos atrelados à inflação. “Mesmo com a desaceleração da economia, a inflação e suas expectativas cederam muito pouco. Outro ponto é a taxa de desemprego bem baixa: com a retomada do crescimento econômico que já está em curso, teremos pressões por elevações salariais, ao mesmo tempo que ainda sofreremos com a falta de mão-de-obra qualificada, o que vai encarecer os custos de produção”, acredita.
Ele também aponta que a mudança de metodologia do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) adotada em janeiro favoreceu um ajuste para baixo este ano, o que não ocorrerá em 2013 em diante. Por fim, ele acredita em uma valorização do preço das commodities, e também acha pouco provável que a Petrobras não aumente o preço do combustível. “A Petrobras terá que aumentar a gasolina para equiparar os preços que importa e vende no mercado interno para atender seu programa de investimentos no Pré-sal”, aponta.
Com tudo isso, uma pressão inflacionária pode corroer os ganhos dos principais investimentos. Uma forma de se proteger e garantir ganho real é justamente comprando ativos atrelados à inflação, como as NTN-B (Nota do tesouro Nacional – Série B), que pagam a inflação pelo IPCA mais umna taxa prefixada no momento da compra.
Fundos imobiliários
Em relação aos fundos imobiliários, ele diz que a valorização deve continuar, mas não de forma tão expressiva quanto este ano (de janeiro até 19 de outubro, o Ifix – índice de fundos imobiliários – valorizou 31%).
“Alguns indicadores que nos mostram que estamos distantes de um esgotamento de tendência. A rentabilidade média dos aluguéis no Brasil, por exemplo, é de cerca de 5,71% ano. Historicamente, um nível que mostra imóveis muito caros e uma bolha prestes a estourar é de 3% ao ano”, aponta. “A tendência ainda é favorável aos imóveis, mas eles devem se valorizar em um ritmo menor”, conclui.
Por Diego Lazzaris Borges, www.infomoney.com.br



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