Lia trechos do livro Filho Rico, Filho Vencedor

Filho Rico, Filho Vencedor


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Lia trechos do livro Filho Rico, Filho Vencedor
CAPÍTULO 1
Toda criança nasce rica e inteligente

Meus dois pais eram excelentes professores. Os dois eram instruídos. Mas não entendiam dos mesmos assuntos e não ensinavam as mesmas coisas. Apesar das diferenças, os dois acreditavam nas mesmas coisas com relação às crianças. Os dois acreditavam que todas as crianças nascem inteligentes e ricas. Acreditavam que uma criança aprende a ser pobre e aprende a acreditar que é menos esperta do que as outras. Os dois pais eram excelentes professores, pois achavam possível despertar a inteligência inerente a cada criança. Em outras palavras, não acreditavam em inserir conhecimento na cabeça da criança, mas, sim, em despertar a inteligência da criança.

A palavra educação se origina do latim educare, que significa "extrair". Infelizmente, para muitos, educação é sinônimo de longas e penosas sessões durante as quais temos de captar as informações, decorá-las para as provas e, logo depois, esquecer tudo. Os dois pais eram excelentes professores porque raramente tentavam abarrotar minha cabeça com suas idéias. Em geral, falavam muito pouco, esperando que eu perguntasse quando quisesse saber algo. Ou faziam-me perguntas, na tentativa de descobrir o que eu sabia, em vez de simplesmente falar o que sabiam. Meus dois pais eram excelentes professores e os considero uma das maiores bênçãos de minha vida.

E não posso me esquecer das mães. Minha mãe era uma excelente professora e também um modelo de mãe. Foi minha mestra do amor e da bondade incondicionais, e da importância de cuidar de outras pessoas. Infelizmente, minha mãe morreu prematuramente aos 48 anos. Lutou a vida inteira contra as seqüelas no coração de uma febre reumática que tivera na infância. Foi sua capacidade de ser gentil e amável com os outros, apesar de sua dor, que me ensinou uma lição vital. Muitas vezes, quando estou magoado e quero agredir os outros, simplesmente penso em minha mãe e me lembro de ser mais gentil... e não me zangar ainda mais. Para mim, essa é uma lição importante da qual preciso lembrar-me diariamente.

Certa vez, ouvi dizer que o homem procura mulheres parecidas com a mãe; eu diria que isso vale para meu caso. Minha esposa, Kim, também é uma pessoa extremamente gentil e amável. Lamento que ela e minha mãe não tenham se conhecido. Acredito que teriam sido muito amigas, assim como Kim é de sua mãe. Queria ter uma esposa que também fosse minha parceira nos negócios, pois os melhores dias do casamento de meus pais foram quando trabalharam juntos no Peace Corps.* Lembro-me quando o presidente Kennedy anunciou a criação do Peace Corps. Tanto minha mãe quanto meu pai estavam entusiasmados com a idéia e mal podiam esperar para fazer parte da organização. Quando ofereceram a meu pai o cargo de diretor de treinamento para o Sudeste da Ásia, ele aceitou e pediu que minha mãe fosse a enfermeira da equipe. Acredito que esses foram os dois melhores anos de seu casamento.

Não conhecia muito bem a mãe de meu melhor amigo Mike. Encontrava-a quando ia lá jantar, o que era freqüente, mas não posso dizer que a conhecia bem. Passava muito tempo com seus outros filhos, enquanto Mike e eu passávamos a maior parte de nosso tempo com o pai dele no trabalho. Contudo, quando estava na casa deles, a mãe de Mike também era muito gentil e atenciosa com o que estávamos fazendo. Poderia dizer que ela era uma excelente parceira na vida do pai de Mike. Eram carinhosos, gentis e interessados em tudo o que acontecia com o outro. Embora fosse uma pessoa bastante reservada, estava sempre interessada no que Mike e eu estávamos aprendendo na escola e nos negócios. Assim, apesar de não a conhecer muito bem, aprendi com ela a importância de ouvir os outros, permitir que os outros expressem sua opinião e respeitá-la, mesmo que contrárias às suas idéias. Era uma excelente comunicadora, embora de uma maneira bastante reservada.

LIÇÕES DE MAMÃE E PAPAI

Hoje, o número de famílias nas quais os filhos são criados só pela mãe ou só pelo pai me preocupa. Ter tanto a mãe quanto o pai como professores foi importante para meu desenvolvimento. Por exemplo, eu era maior e mais pesado que a maior parte dos meninos, e minha mãe tinha receio de que eu pudesse usar a vantagem de meu tamanho e me tornar implicante, portanto, insistia em que eu desenvolvesse o que as pessoas chamariam hoje de "meu lado feminino". Como disse, ela era uma pessoa muito gentil e amável e queria que eu também fosse gentil e amável. E eu era. Certo dia, voltei da escola, na minha primeira série, com meu boletim, no qual a professora havia escrito: "Robert precisa aprender a se impor mais. Ele me lembra Ferdinando, o Touro (da história sobre um grande touro que, em vez de combater o matador, sentou-se na arena e ficou cheirando as flores atiradas pelos fãs... coincidentemente uma de minhas histórias favoritas, contadas por minha mãe na hora de dormir). Todos os outros meninos o ficam provocando e empurrando, embora Robert seja muito maior do que eles".

Minha mãe se emocionou ao ler o boletim. Quando meu pai chegou em casa e leu o mesmo boletim, transformou-se em um touro indomável, que certamente não estava ali para cheirar flores.

- Como assim "empurram"? Por que você deixa que eles o empurrem? Está virando um fracote? - perguntou, observando o comentário sobre meu comportamento e não minhas notas. Quando expliquei a meu pai que só estava escutando as instruções de mamãe, ele virou-se para ela e disse:

- Meninos pequenos gostam de provocar. É importante que todos os meninos aprendam a lidar com provocadores. Se não aprenderem a lidar com provocadores desde cedo na vida, crescem deixando ser provocados. Aprender a ser gentil é uma das maneiras de lidar com provocadores, mas, nesse caso a gentileza não funciona.

Virando-se para mim, meu pai perguntou:

- E como se sente quando os outros meninos o provocam?

Respondi, sem conseguir prender o choro:

- Péssimo. Fico sem defesa e assustado. Não quero ir para a escola. Quero revidar, mas também quero ser uma boa pessoa e fazer o que você e minha mãe querem que eu faça. Detesto ser chamado de "gorducho" e "Dumbo" e ser empurrado. 0 que mais detesto é simples mente ter de suportar isso. Sinto-me um maricas e fracote. Até as meninas riem de mim porque só fico lá, chorando.

Meu pai virou-se para minha mãe e olhou-a com raiva durante algum tempo, demonstrando que não gostou do que ouviu.

- Então, o que quer fazer? - perguntou.

- Gostaria de revidar - eu disse. - Sei que posso derrotá-lo São só provocadores que gostam de me irritar porque sou o maior da sala. Todos dizem "não bata neles porque você é maior", mas simplesmente detesto ficar aturando isso tudo. Gostaria de poder tomar um atitude. Sabem que não farei nada, por isso ficam me provocando na frente dos outros. Adoraria poder agarrá-los e socá-los.

- Não bata neles - disse meu pai com calma. - Mas mostre-lhe da forma que puder que você não será mais provocado. Você está aprendendo uma lição muito importante sobre auto-respeito e defender seu direitos. Simplesmente não bata neles. Use a cabeça para descobri uma maneira de lhes mostrar que não admitirá mais provocação.

Parei de chorar. Ao enxugar as lágrimas, senti-me bem melhor descobri a volta de uma certa coragem e auto-estima. Agora, estava pronto para voltar à escola.

No dia seguinte, meus pais foram chamados na escola. A professora e o diretor estavam aborrecidíssimos. Quando meus pais entrara na sala, eu estava sentado em uma cadeira no canto da sala, sujo de lama.

- O que houve? - meu pai perguntou ao se sentar.

- Bem, não posso dizer que os meninos não tenham recebido devida lição - disse a professora - mas, depois que escrevi no boletim de Robert, sabia que algo mudaria.

- Ele bateu neles? - perguntou meu pai, visivelmente preocupado

- Não, não bateu - disse o diretor. - Assisti tudo.

Os meninos começaram a provocá-lo. Dessa vez, porém, Robert pediu que parassem em vez de ficar parado, suportando as provocações... mas eles continuaram. Pacientemente, ele pediu-lhes que parassem três vezes mas eles só o provocavam ainda mais. De repente, Robert voltou para sala, pegou as lancheiras dos meninos e esvaziou-as naquela grande poça de lama. Quando corri pelo gramado até lá, os meninos estavam atacando Robert. Começaram a bater nele, mas ele não revidou.

- O que ele fez? - perguntou meu pai.

- Antes que eu pudesse chegar lá para apartar, Robert agarrou o dois meninos e os empurrou para a mesma poça de lama. E foi assim que ele ficou sujo de lama. Mandei os outros meninos para casa par mudar de roupa, pois estavam ensopados.
- Mas não bati neles - eu disse, do meu canto.

Meu pai lançou-me um olhar penetrante, colocou o indicador na frente dos lábios, fazendo sinal para eu calar a boca, e depois virou-se para o diretor e para a professora e disse:

- Cuidaremos disso em casa.

O diretor e a professora aprovaram, balançando a cabeça, e a professora acrescentou:

- Estou satisfeita com o desenrolar dos acontecimentos dos dois últimos meses. Se não soubesse da história por trás do episódio da poça de lama, teria repreendido Robert. Mas pode ter certeza de que chamarei os pais dos outros dois meninos, além dos próprios, para uma conversa. Não perdoarei o fato de Robert ter jogado os meninos e seus lanches na lama, mas espero que agora tenhamos colocado um ponto final em toda essa história de provocação entre eles.

No dia seguinte, os dois meninos e eu nos reunimos. Discutimos nossas diferenças e nos cumprimentamos. No recreio, outros meninos se aproximaram de mim e me cumprimentaram. Estavam me parabenizando pela minha coragem de enfrentar os dois provocadores que também os provocavam. Agradeci, mas disse: "Vocês devem aprender a lutar suas próprias batalhas. Se não o fizerem, serão covardes a vida toda, permitindo que os provocadores do mundo os " importunem."

Meu pai ficaria orgulhoso ao me ouvir repetir o discurso original que fez para mim. Depois daquele dia, o primeiro ano foi muito mais agradável. Ganhei uma valiosa auto-estima, o respeito de minha turma e a menina mais bonita da turma tornou-se minha namorada, porém, o mais interessante foi que os dois provocadores acabaram se tornando meus amigos. Aprendi a fazer a paz sendo forte, em vez de deixar o terror e o medo persistirem por ser fraco.

Durante a semana seguinte, aprendi várias lições de vida valiosa tanto com minha mãe quanto com meu pai, a partir desse incidente de poça de lama. Este foi o assunto do dia discutido à mesa de jantar. Aprendi que na vida tendemos a fazer escolhas, e cada escolha tem uma conseqüência. Se não gostamos de nossa escolha e da conseqüência, devemos buscar uma nova escolha com um novo resultado. Com esse incidente, aprendi a importância de ser tanto gentil e amável, com minha mãe ensinou, quanto de ser forte e preparado para se defende como me ensinou meu pai. Aprendi que o excesso de um ou de outro ou apenas um e não o outro, pode nos limitar. Assim como o excesso de água pode afogar uma planta que ficou sem água durante muito tempo, nós, seres humanos, muitas vezes podemos ir longe demais e uma ou outra direção. Meu pai me disse na tarde em que voltamos c sala do diretor: "Multas pessoas vivem em um mundo de preto-e-branco, do certo ou errado." Mas muitas outras teriam aconselhado: "jamais revide", e outras ainda: "Revide sempre", porém, o segredo para o sucesso na vida é o seguinte: para revidar, é preciso saber exatamente a força que se deve exercer. Saber exatamente a intensidade da for requer muito mais inteligência do que simplesmente dizer: "Não revide", ou "Revide".

Meu pai costumava afirmar: "A verdadeira inteligência é saber que é adequado, em vez de simplesmente dizer o que é certo ou errado." Aos seis anos de idade, aprendi com minha mãe que precisava ser gentil... mas também aprendi que poderia ser gentil demais. Com meu pai, aprendi a ser forte, mas também que precisava usar minha for de forma inteligente e adequada. Digo sempre que uma moeda te dois lados. Nunca vi uma moeda de um só lado, porém, muitas vez nos esquecemos disso. Acreditamos que o lado em que estamos é único lado ou o lado certo. Ao fazermos isso, podemos estar sendo inteligentes, podemos conhecer os fatos, mas também podemos estar limitando nossa inteligência.

Tive um professor que me disse: "Deus nos deu um pé direito um pé esquerdo. Não nos deu um pé direito e um pé errado. Para andar para a frente, os seres humanos cometem primeiro um erro para a direita e depois outro erro para a esquerda. Pessoas que acreditam que sempre devem estar certas são como pessoas com apenas o pé direito. Acham que estão progredindo, mas normalmente caminham em círculos."

Acredito que, como sociedade precisamos ser mais inteligentes com nossos pontos fortes e fracos. É preciso aprender a equilibrar o lado feminino com o lado masculino. Lembro-me que, na infância, quando estava zangado com outro garoto na escola, às vezes íamos para trás do ginásio e lutávamos. Depois de um ou dois socos, começávamos a nos atracar e, quando nos cansávamos, a luta terminava. O pior que acontecia era uma camisa rasgada de vez em quando ou um nariz sangrando. Muitas vezes, acabávamos amigos depois que a luta terminava. Hoje, os meninos ficam zangados, começam a pensar em termos de certo ou errado", pegam logo nas armas e atiram uns nos outros... e isso ocorre tanto com meninos quanto com meninas. Podemos estar na Era da Informação e os meninos podem ser mais "sofisticados" do que seus pais mas todos nós poderíamos aprender a ser mais inteligentes com nossas informações e emoções. Como disse, precisamos aprender tanto com nossas mães quanto com nossos pais, pois, com tantas informações, é preciso ser mais inteligente.

Este livro é dedicado aos pais que queiram educar filhos mais espertos, mais ricos e também financeiramente mais inteligentes.


Pai rico, Pai pobre



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