O sonho da casa própria

O sonho da casa própria

Com a maior oferta de crédito imobiliário do país, você deve analisar com cuidado se é hora de comprar um imóvel

Roseli Loturco

Crédito: Alexandre Ferro
 - Crédito: Alexandre Ferro

O velho sonho da casa própria voltou à mente dos brasileiros com a enorme oferta de crédito imobiliário dos últimos meses. Os bancos oferecem diversos tipos de financiamento para você comprar um imóvel. Mas será que vale a pena? Antes de decidir, você deve escolher qual é o tipo de empréstimo que melhor se adapta às suas necessidades. Vale analisar linhas de financiamento já conhecidas, como o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), além de outras mais novas, como o consórcio de imóveis e o novíssimo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, que promete facilitar compras da casa própria para quem tem renda familiar de até dez salários mínimos. Existem ainda os leilões e os feirões de imóveis, como os da Caixa Econômica Federal (CEF), que rodam o país o ano inteiro.

Além de ter cuidado ao escolher o melhor tipo de financiamento, você deve ficar de olho nos micos que estão no mercado imobiliário. "Essa é uma compra que leva parte substancial de seu patrimônio. É preciso investigar todas as taxas de juro e planejar o pagamento futuro com muito cuidado", diz William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas. Já Fábio Gallo, economista e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), vai direto ao ponto: “Consórcio não vale à pena em hipótese nenhuma. Só se você for um sortudo e for sorteado logo no início, ou se tiver recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar e dar bons lances”, diz.

É claro que os representantes do segmento dos consórcios discordam plenamente. “Onde mais é possível pegar crédito imobiliário emprestado sem pagamento de juros?”, diz Luiz Fernando Savian, presidente regional da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac). Em meio a tantas oportunidades, a revista VOCÊ S/A dividiu os imóveis em faixas de preços que vão de 70 000 a 500 000 reais e listou todas as opções de financiamento disponível para você comprar seu imóvel.

Consórcio

Com 518 000 participantes ativos e 17 anos de vida, o consórcio imobiliário é uma modalidade de crédito que não é indicada para quem precisa do financiamento imediatamente para comprar um imóvel. “O consórcio é uma compra programada, uma espécie de poupança que não paga — mas também não cobra — juros ao cliente, só taxa de administração, que no nosso caso está em 1,5% ao ano, mas pode chegar a 2% em outras instituições”, diz Idevalter Borba, diretor da área no Bradesco, líder na comercialização do produto. Só neste ano, até o dia 18 de maio, o banco comercializou o equivalente a 900 milhões de reais em 17 000 cotas de consórcio. O valor médio foi de 51 000 reais.

Os valores das cartas de crédito do sistema de consórcio vão de 20 000 a 300 000 reais e podem ser usadas também para reforma, mas a grande maioria dos recursos é vinculada à compra do imóvel. Dizem os críticos, no entanto, que só vale a pena entrar no consórcio se a pessoa for sorteada logo de início ou tiver recursos adicionais, como o FGTS, para fazer lances e amortizações. Do contrário, terá de pagar em até 180 meses por um crédito que não receberá nenhuma correção de valor. Aqui também o recomendável é que você não comprometa mais do que 30% de sua renda nesse tipo de operação, que vem crescendo sistematicamente nos últimos seis anos.

fonte/http://vocesa.abril.com.br/




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