Notebook, Netbook ou desktop, qual a melhor opção de escolha?

Luiz Beltramin



De item que simbolizava status, o computador se tornou artigo essencial para fins profissionais ou pessoais. Não estar plugado à Internet, em algumas circunstâncias, já tem o mesmo efeito de estar sem televisor em casa, como algumas décadas atrás. Por isso, o advento das chamadas “marcas populares”, com preços mais acessíveis, proporciona a democratização no uso do computador e o acesso à Internet.

Prático para adultos, PC manual é sonho

No início, os netbooks surgiram apenas como alternativa de acesso à Internet de forma itinerante. Contudo, os pequenos computadores já recebem incrementos que, na realidade, os tornam legítimos “mininotebooks”, como disco rígido (HD) e configurações que não devem em nada a laptops.

Contudo, mesmo com características de um computador completo, excesso pela ausência de drive de DVD/CD, há economia tanto no preço – existem modelos na faixa dos R$ 900,00 – quanto energia.

“Uma das vantagens é a duração da bateria”, salienta o professor André Bicudo, do curso de informática do Colégio Técnico Industrial (CTI), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, ao citar o baixo consumo de eletricidade, justamente pela menor incidência de procedimentos mecânicos, como o girar de discos móveis, por exemplo.

As dimensões menores também atraem os pequenos. Numa loja de departamentos do centro de Bauru, os notebooks prometem ser a vedete do próximo Dia das Crianças. “Há uma grande expectativa de vendas desse tipo de computador para a data”, confirma Sandra Maria de Almeida, gerente do estabelecimento.

Segundo ela, apesar dos desktops ainda predominarem na preferência dos clientes, há grande aceleração na venda dos portáteis. “Outros 30% são de notebooks e o restante é de netbooks”, estima.

Com mais opções no mercado, além de buscar uma máquina, o consumidor, independentemente ao calibre financeiro, hoje precisa decidir-se entre desempenho e portabilidade. Se puder aliar os dois, melhor.

Na casa de até R$ 2 mil, é possível encontrar laptops ou desktops (computadores de mesa) com um bom desempenho para usuários “comuns”, ou seja, que não necessitam de grande poderio de memória e processamento para realizar tarefas como navegar pela Internet, rodar programas ou guardar arquivos com velocidade e capacidade de memória.

Contudo, mais do que o preço, é preciso analisar com cuidado as opções para adquirir um produto que atenda perfeitamente a necessidade, seja da família ou demanda pessoal.

Geralmente, observam especialistas nas áreas de informática e análise de sistemas, o ideal seria apenas pensar em adquirir um computador portátil a partir de que a residência esteja munida de um terminal estático.

“Mas a escolha depende muito do que se vai fazer do PC”, pondera André Bicudo, professor de informática do Colégio Técnico Industrial (CTI), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru.

“Só o notebook em casa não compensa”, acredita, ele, ao aconselhar a instalação de um desktop como uma espécie de “matriz”, onde seriam armazenadas alguns arquivos vitais, principalmente backups, de todos os usuários da moradia, independente de possuírem terminais móveis.

Portabilidade

Por outro lado, o fator portabilidade é realmente tentador e necessário, admite o professor de informática. Poder carregar o PC de um cômodo para o outro, principalmente para quem trabalha em casa, amparado por uma conexão wireless (sem fio) também é outro atrativo para adquirir um laptop. “A portabilidade doméstica é uma questão de comodidade. A Internet wireless é intrínseca ao note e ao netbook”, afirma.

De acordo com especialistas, no caso da escolha pelos laptops, é fundamental que o usuário tenha em mente que a mobilidade também tem alguns ônus. Um deles é a questão do poderio da máquina especificamente em questão de processamento de sofwares mais robustos, principalmente ligados a parte gráfica ou jogos mais pesados.

Por isso, se você pretende comprar um notebook apenas porque é menor e, talvez, mais bonito do que um PC de mesa, há quem o recomende a rever seus conceitos.

Coordenador e professor nos cursos de análise e desenvolvimento de sistemas e coordenador da pós-graduação do curso de redes de computadores e telecomunicações das Faculdades Integradas de Bauru (FIB), Claudines Taveira Torres acredita que há espaço para as duas plataformas, com papéis distintos.

“Ainda compensa a compra de um PC de mesa. Principalmente se nossas exigências são velocidade de processamento, abundância em memória de armazenamento, no caso o HD, e ampla memória RAM, além de placa de vídeo poderosa, monitor maior”, elenca.

E, em tempos de imagens em 3D e alta definição, tamanho da tela é documento. “Também há de se considerar o tamanho da tela”, pontua André Bicudo. “Tudo depende da qualidade da placa de vídeo, que não há na maioria dos notes. Isso não é atrativo para aqueles que gostam de jogos mais pesados”, acrescenta o professor do CTI/Unesp.

Mas um PC móvel não significa estar atrás caso você não seja um engenheiro, arquiteto, designer ou qualquer outro tipo de profissional que não tenha que utilizar programas de alta complexidade gráfica.

Os notebooks, principalmente com o advento de processadores cada vez mais rápidos, atendem perfeitamente a demanda de quem quer trabalhar e navegar pela Internet sem estar preso a uma mesa ou ambiente.

Se a mobilidade é grande atrativo, os preços de um belo e versátil laptop também são convidativos. “O custo reduziu substancialmente nos últimos anos. Outro fator importante é o desempenho dos processadores atuais, que melhoraram bastante”, acrescenta Torres.





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Veredicto


Se a decisão sobre comprar um computador depende da necessidade, o fato é que, caso pretenda-se investir em monitores e capacidade maior, bem como unir a demanda de mais de uma pessoa, o ideal é se adquirir um desktop.

Mas se a mobilidade fala mais alto e, principalmente, já haja um PC fixo na casa, o laptop atende perfeitamente, mesmo em orçamentos máximos de até R$ 2 mil.

Obviamente, ressaltam os experts no assunto, é possível também utilizar aplicativos mais complexos nos notes, desde que se esteja disposto a desembolsar mais por algo que, no computador fixo, sairia mais em conta.

“Temos as desvantagens (notes) de alto custo, menor poder de processamento e espaço de armazenamento, telas menores bem como placas de som e vídeo geralmente com qualidade inferiores”, argumenta Claudines Taveira Torres, professor nos cursos de análise e desenvolvimento de sistemas e coordenador da pós-graduação do curso de redes de computadores e telecomunicações das Faculdades Integradas de Bauru, ao citar também maior dificuldade de upgrade (troca de componentes para otimização do sistema).

Por outro lado, segundo ele, não há dificuldades nas tarefas usuais a qualquer computador com maior mobilidade. “Se considerarmos que a maioria dos usuários comuns necessita rodar pequenas aplicações como editor de texto, planilha eletrônica e softwares de criação e exibição de apresentações gráficas, acesso para a web e uso de MSN, entre outros, com um note razoável, executa-se sem dificuldades”, considera.
Do Jornal da Cidade


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