Finanças - A importância do planejamento para adquirir um bem | planejar

A maioria das pessoas gostaria de ficar “rico” para poder gastar dinheiro com aquilo que bem entedessem. Gastar dinheiro é prazeroso, sem sombra de dúvidas. Mas, infelizmente, nem todo mundo tem dinheiro o suficiente para adquirir tudo aquilo que desejam. E, paradoxalmente, para a maioria de nós a única maneira de poder gastar muito dinheiro para ter acesso a determinados bens é poupando e investindo. Gastar pressupõe economizar, e economizar pressupõe planejamento!

1. As dificuldades de se planejar para adquirir um bem
O investidor consciente deve procurar se planejar para adquirir um bem de valor mais elevado. A maioria das pessoas, contudo, é incapaz de se planejar adequadamente para realizar seus objetivos, por várias razões.

A primeira delas diz respeito à falta de definição de uma meta. Como não se sabe o quê se deseja, quando e como se pretende alcançar o objetivo, é importante definir, desde o início, essas questões. É importante definir o objeto do desejo em detalhe: não basta desejar ter um carro ou uma casa, mas é imprescindível definir que carro ou casa se deseja. Afinal, o valor de um automóvel ou de uma residência varia muito, dependendo do que se quer.

Outra dificuldade é a famosa procrastinação. Não tem jeito: a maioria das pessoas deixa para depois boa parte das coisas que poderia fazer hoje. E vai deixando, vai deixando, até que vários deveres se acumulam e aquilo que deveria ser prioridade acaba não sendo feito, porque não é urgente. E, como o planejamento normalmente não é uma atividade urgente, as pessoas o deixam para depois, depois, depois… e nunca o fazem.

2. Como se planejar?

Como já salientado, o primeiro passo a ser tomado é decidir o que se quer adquirir. É preciso saber se o bem é realmente necessário e o que ele acrescentaria a sua vida. Esse passo, normalmente, é o mais fácil. Afinal, a definição a respeito do que se deseja normalmente é intuitiva – o que é difícil, normalmente, é avaliar se o bem é realmente necessário ou se se trata de um mero capricho.

O segundo passo é definir precisamente como se alcançará a meta. É preciso definir prazos, o quanto se economizará todo mês para a compra e em que modalidade de investimento o dinheiro será aplicado para alcançar o tão sonhado bem mais cedo. Obviamente, quem quer comprar uma casa daqui a 10 anos precisa se planejar de maneira diferente de quem deseja comprar um abadá para o carnaval de 2012 em Salvador.

A definição desses fatores deve ser realista. O investidor não pode querer aplicar R$ 100,00 por mês, aplicar todo o seu dinheiro no mercado de ações e achar que daqui a dois anos comprará um belíssimo apartamento de 4 quartos em Ipanema. Para definir o quanto será necessário investir para adquirir o tão sonhado bem é preciso levar em consideração fatores como a inflação, bem como uma perspectiva realista a respeito da rentabilidade que se pode obter com os mais variados investimentos.

3. Um estudo de caso: planejamento para comprar um carro

Vejamos um exemplo hipotético: digamos que João deseje comprar um carro zero quilômetro do nível de um que hoje custa R$ 60.000,00, daqui a 3 anos. Como ele poderia se planejar, se não pretende financiar o veículo? O primeiro fator a ser estimado é o valor do carro daqui a 3 anos. Para estimar esse valor, é preciso assumir algumas premissas, que podem ser mais ou menos realistas. João poderia, por exemplo, pegar alguns exemplares mais antigos da Revista Quatro Rodas a fim de verificar como foi a evolução dos preços de automóveis. Digamos que João fez suas contas e descobriu que o preço de um automóvel zero aumenta à taxa de 6% ao ano, em média. Partindo desse pressuposto, João poderia fazer umas continhas (R$ 60.000 * ((1+6/100)*(1+6/100)*(1+6/100))) e chegaria à conclusão de que o automóvel que custa hoje R$ 60.000,00 deverá custar em torno de R$ 71.460,00 ao final do período.

João já sabe, portanto, o quanto precisa acumular para realizar seu sonho. Mas o quanto ele precisaria economizar para alcançar esse objetivo? Como o prazo é curto, ele poderia investir em títulos do tesouro nacional com vencimento próximo ao do automóvel. O problema é que, como João pretende investir pouco a pouco, não há garantia nenhuma de que as taxas pagas pelo tesouro direto permanecerão constantes ao longo do tempo. Elas poderão subir ou cair ao longo do tempo, o que afetaria a sua rentabilidade.

Uma saída possível para João é economizar sempre um pouquinho a mais do que o inicialmente estimado, para se proteger de uma eventual queda nas taxas. Não tem jeito; o mundo da economia é repleto de incertezas e o máximo que podemos fazer é tentar nos precaver contra elas. Digamos, por exemplo, que João estime que o tesouro direto pagará uma taxa de 9% ao ano, já descontados os impostos e taxas.

Quanto ele precisaria economizar, por mês, para chegar aos R$ 71.460,00 daqui a 3 anos? João teria que decompor esse valor em prestações que dão um pequeno rendimento mensal a ele. Você não sabe fazer a conta? Não se preocupe; há uma excelente ferramenta na internet que faz essas continhas para você: o site Webcalc. Basta clicar em “Finanças” na lateral esquerda do site, e depois em cálculo de aplicações. Lá, escolha “Valor das aplicações periódicas” e será possível calcular o quanto seria necessário aplicar periodicamente, com uma taxa mensal de 0.72% (9% ao ano), para chegar ao valor almejado. No caso do nosso exemplo, João precisaria aplicar R$ 1745,94 por mês. Mas, como a taxa do tesouro direto pode aumentar ou diminuir ao longo do tempo, o ideal seria que ele aplicasse um pouco mais – uns R$ 1.900,00 – para assegurar com mais certeza que teria o valor no final do período estipulado.

E você, pretende adquirir algum bem no futuro próximo? Já começou a se planejar?

Via - www.opequenoinvestidor.com.br
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