Uma das grandes alegrias na liderança é o permitir que algum de nossos discípulos empreenda o vôo nas coisas que lhes ensinamos. Pelo menos para mim, comprovei que isto é algo que me traz incalculável alegria. De fato, como líderes, sempre devemos estar procurando como, quando e onde soltar os nossos discípulos e permitir que utilizem as dinâmicas e ensinos que lhes demos.
Para um aprendiz, não há nada mais frustrante do que um líder que não permite que mostre o que tem aprendido. Qualquer didático nos diria que o aluno retém muito melhor aquilo que teve a oportunidade de provar por sua própria conta. De fato, uma das melhores maneiras para aprender é ensinando. Li o seguinte ditado: "Diga-me e me esquecerei... Mostra-me e me lembrarei... Envolve-me e entenderei"
Para que nossos discípulos possam entender algo, precisamos envolvê-los, permitindo que cometam os erros que vem com estar "provando" as coisas. É verdade que muitas vezes não o farão com a mesma destreza que alguém com muita experiência, mas a única maneira para que possam adquirir experiência é tendo um maestro que lhes da oportunidade de cometer os erros que vêm com a aprendizagem. Esperando a perfeição a primeira vez que tentem algo, é pôr uma expectativa irrealista sobre o discípulo. Isto o levará a uma experiência negativa de fracasso que o pode afundar numa atitude negativa e pessimista.
Muitos discípulos fracassaram e se convertem em pessimistas não porque sejam pessoas más, senão porque nós, como líderes, não fizemos uma capacitação o suficientemente boa para preparar-lhes o ambiente para uma vitória. Dizemos-lhes como fazê-lo, até podemos "mostrar-lhes" como fazê-lo, mas temos que os envolver para que possam entender a tarefa.
Com seus discípulos Jesus usou a seguinte estratégia:
Instrução. Instruiu-lhes em como fazer o trabalho. Muitos líderes fracassam em dar boas instruções. A comunicação é chave neste ponto. Temos que pensar bem o que queremos comunicar e procurar as melhores maneiras para comunicar nossas instruções.
Demonstração. Modelou-lhes como fazer o trabalho. Uma coisa "falar" o como fazer outra coisa é "demonstrar" como fazê-lo. Jesus não tão só falou, mas demonstrou, com suas ações, estava ensinando aos discípulos como eles depois iriam fazer as mesmas obras (e ainda maiores).
Equipamento e Envio. Lhes deu as ferramentas necessárias para poder fazer o trabalho. Que terrível é quando nos ensinam algo e depois nos enviam para fazê-lo sem as ferramentas adequadas. Seria como ensinar a alguém a pintar sem prover-lhe um cavalete, os pinceis, a tinta. Revestiu de poder a seus discípulos quando disse "Toda autoridade me é dada no céu e na terra. Por tanto ide..." Neste passo vemos como o Senhor sabia que cometerão erros e que através desses erros aprenderiam lições .
Assessoramento. Quando regressavam de um trabalho lhes explicava o que tinham feito bem e o que tinham feito mau. Não é justo deixar a um de nossos discípulos a sós depois de tê-los enviado. Tem que ter um tempo de avaliação onde possamos revisar o que saiu bem e o que não. Desta maneira, damos-lhe uma oportunidade a aprender de seus erros e convertê-lo num melhor líder. Igualmente, aproveitamos para afirmá-lo a ter um espírito ensinável.
Podemos usar você e eu para envolver a nossos discípulos de tal maneira que não tão só "conheçam" o trabalho, mas também o "abracem" e o "entendam" para podê-lo fazer com mais excelência.
Por: Marcos Witt, www.lidere.com.br
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