Inovação e Liderança



Já fez algo diferente hoje?

As mentes realmente inovadoras, criativas têm um profundo conhecimento da alma, dos hábitos, costumes e anseios do ser humano. Este conhecimento vem da convivência, de seu perene esforço pessoal em compreender o que existe por trás das palavras, gestos e movimentos. Pela leitura constante dos diversos movimentos da indústria de produtos e serviços e sobre as respostas subliminares enviadas pelo cidadão comum.
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O design é uma função e não um desenho ou um estilo somente. Sua missão é fornecer uma interface amigável aos usuários em termos estéticos e funcionais. Os produtos realmente inovadores são cada vez menos freqüentes porque cada vez mais empresas entregam seus projetos a grupos de trabalho e de discussão, minimizando a presença da mentes criadoras, dentro de suas organizações.

As organizações se esquecem que o momento da criação é um momento de solidão, de total introspecção onde o conceito que sai é o resultado das percepções sensoriais adquiridas durante um longo processo de elaboração. É a síntese da compreensão dos desejos e necessidades expressos e muito frequentemente não verbalizados.

Pintores, designers, arquitetos, estilistas e músicos que realmente criaram um ponto de inflexão na história concluíram suas obras solitariamente. E invariavelmente suas criações convergem para a simplicidade. Disse o escultor romeno Constantin Brancusi: “Simplicidade é a complexidade resolvida”.

É preciso reposicionar os papéis: ao criador ou equipe deles o papel da criação, da inovação; aos grupos de trabalho e de discussão encontrar as alternativas para viabilização da criação, tangibilizá-la. A grande contribuição dos grupos é, através de sua experiência e capacidade de elaborar novos processos, retro-alimentar ao criador informações pertinentes para que a inovação atinja um alto grau de maturidade em um breve período de tempo.

Quando os papéis se confundem o efeito é devastador já que tais grupos tendem a decidir pelo consenso e baseados na experiência, enquanto que o criador pode pecar pelo apego à “beleza da criação”. Como o consenso normalmente reflete a média das posições colocadas à mesa, as decisões levam frequentemente a resultados medíocres. E como a experiência serve para justificar a história sua importância é relativa para o papel INOVAR.

Vem daí a atual aumento de produtos lançados cada vez mais menos inovadores, a banalização das ofertas e a queda dos preços. Não imagino a Sony perguntando a um consumidor o que ele achava da televisão full HD nem tampouco da tecnologia LCD, quanto mais da tecnologia LED, antes delas se tornarem reais.

Volto a citar Henry Ford quando disse jamais ter pensado em perguntar a seus potenciais clientes o que eles desejavam em termos de transporte para não ter que ouvir: “Um cavalo mais rápido”. Ele compreendeu após a leitura de todos os sinais da sociedade que um veículo motorizado era o futuro. Era o que desejávamos sem termos consciência.

Permitir a um destes grupos delinear um projeto significa correr o risco de se produzir algo nada realmente inovador, nada que represente uma ruptura com o passado. A tendência será sempre conduzir as decisões baseadas na experiência passada, o que significa dizer: dirigir um veículo baseado na memória de vários quilômetros de condução.

É como se decidíssemos continuar acelerando firme porque os últimos semáforos estavam abertos, na cor verde, sem sequer considerar que eles podem mudar a qualquer instante, que alguém a qualquer momento pode alterar a programação de abertura e fechamento ou ainda que poderíamos simplesmente não repetir o mesmo trajeto!

Garantir o sincronismo entre proteger as equipes de criação da organização que “sabe o que fazer baseado na experiência”, garantir que haja domínio sobre o conhecimento e que este seja empregado em produtos inovadores e em novos processos, na forma e momentos adequados não é obra fácil para um CEO.

Valmir Mondejar
Via - caminhando junto


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